quarta-feira, 9 de maio de 2012


  Revista do Meio Ambiente
     Acompanhamos a deputada estadual Aspásia Camargo e o jornalista Vilmar Berna em visita ao Campo Grande, ou o que restou dele, depois da tragédia de 12 de janeiro de 2011. O cenário de guerra que já nos acostumamos a ver provocou espanto nos dois ambientalistas, abismados com tamanha destruição. O olhar da deputada, que é presidente da Comissão de Urbanismo da Alerj, pairou sobre os problemas sociais na localidade, onde encontrou mulheres que não tem como alimentar os filhos, e continuam morando no lugar, apesar do aluguel social que deveria servir para retirá-la daquela área de risco. Enquanto isso, o jornalista Vilmar tentava entender a causa provocadora do ninho de pedras formado ao longo do vale e a forma inconsequente como o talweg acabou ocupado. - As pessoas foram ocupando esse lugar e não receberam informação da prefeitura de que corriam risco?, quis saber.
     O espanto maior dois dois, aliás, foi saberem que a inconsequência das autoridades continua. No depoimento de uma vítima à parlamentar, a percepção de que o aluguel social vem sendo utilizado em Teresópolis como “bolsa”, não tirando da zona de perigo os “desabrigados”. E, na mira do apurado olhar crítico do ambientalista, a prova de que não são somente os pobres que invadem áreas de proteção ambiental. No meio daquele mar de pedras, percebeu um muro sendo feito dentro do rio, onde o morador de uma residência de luxo avançou leito adentro em busca de recuperar parte do terreno perdido pelo novo traçado das águas.
     Texto retratando essa visita saiu publicado essa semana na Revista do Meio Ambiente, de circulação nacional, e que trata, justamente, do relacionamento entre o homem e o planeta nos diversos cantos do país.

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