segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Luiz Fernando Guida recebe a Medalha Tiradentes

- Presidente do PV de Teresópolis prestigiou o evento

     Verdes do Brasil inteiro participaram, na noite da última quinta-feira, 14, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, da homenagem feita ao presidente estadual do Partido Verde, Luiz Fernando Guida. O ambientalista recebeu das mãos dos deputados Xandrinho e Aspásia Camargo a Medalha Tiradentes, compondo ainda a mesa o prefeito de Tiradentes-MG, Ralph Júnior, o deputado federal Eurico Júnior, o presidente do PV-RJ, José Augusto Silveira e o presidente do PV Itaperuna, José Luiz Fernandes Molina.
     O PV Teresópolis foi representado pelo presidente do diretório municipal, Wanderley Peres, que lembrou as qualidades do companheiro. "O presidente Guida é um aguerrido defensor dos colegas de partido, sendo ainda um elo entre as frentes do PV na região Sudeste, coordenando bem o crescimento da legenda nos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. É do ex-secretário de Meio Ambiente de Niterói, justamente quem instituiu o termo sustentabilidade no discurso verde, que vem as orientações para que o partido seja diferente dos demais como é", diz Wanderley, que destaca a relevância do discurso verde para a realidade das mudanças climáticas, que vivemos, e vem provocando tanta apreensão, principalmente na Região Serrana.
     Economista e consultor, com formação em auditoria ambiental e educação em área semi-rural, Luiz Fernando Guida foi presidente do Conselho Curador do Departamento de Parques e Jardins da Cidade do Rio de Janeiro, secretário-executivo do Sistema de Integração Municipal Área Sul, SIMAAS. Articulista, é colaborador de diversos jornais municipais, regionais e nacionais, entre os quais o Estado de Minas, o Jornal do Brasil, a Gazeta Mercantil, o Jornal do Meio Ambiente e a Revista Itália Nossa. Guida foi vereador em Niterói, e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e do Consumidor, relator geral da Lei Orgânica Municipal, coordenador da Agenda 21 Local, secretário de diversas pastas, entre elas a do Meio Ambiente, Urbanismo, Controle Urbano, e de Sustentabilidade.
Secretário de Sustentabilidade de Niterói, Guida mora em Teresópolis nos finais de semana e preocupa-se com a questão ambiental no município, e região Serrana, procurando interferir para que as idéias ambientalistas se desenvolvam e que a agressão ambiental seja reduzida.

quarta-feira, 11 de julho de 2012


RECIBOS ELEITORAIS
INSTRUÇÕES PARA OBTENÇÃO DOS RECIBOS ELEITORAIS PARA AS ELEIÇÕES DE 2012
As regras relativas à emissão dos recibos eleitorais mudaram. Agora é muito mais simples.
Os candidatos emitirão seus recibos diretamente a partir de um sistema similar ao SPCE que a justiça eleitoral disponibilizará no site na próxima semana, após o registro das candidaturas.
Todos os candidatos deverão baixar esse sistema, inserir seus dados, emitir e imprimir diretamente seus recibos eleitorais.
Saudações Verdes

terça-feira, 26 de junho de 2012


  Documentos dos candidatos à vereador e prefeito
     Nesta quarta-feira, 27, o Partido Verde realiza no auditório da Aciat, às 18h30min, reunião com os filiados pré-candidatos visando as eleições de outubro próximo. Será o último encontro dos pré-candidatos antes da convenção do PV, que acontece no sábado, 30, a partir das 16h, também no auditório da Associação Comercial Industrial e Agrícola de Teresópolis, na avenida JJ Regadas.
     Neste encontro, os pré-candidatos serão orientados quanto a documentação que deve ser apresentada na convenção e os cuidados para a composição da chapa não esbarrar nas exigências da Justiça Eleitoral. Aliás, a listagem de documentos é enorme e os que pretendem ser candidatos devem estar atentos. Veja a seguir:

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA AO REGISTRO DE CANDIDATURA
- DRAP - pedido de registro impresso pelo CANDEX, assinado pelo representante legal do partido/coligação onde constarão informações  como os cargos em disputa, os partidos integrantes da coligação ( se houver), valor máximo de gastos, delegados, dados necessários para intimações e ainda a relação de candidatos.
- COPIA DA ATA DA CONVENÇÃO DIGITADA
- RRC - requerimento de registro de candidatura assinado pelo candidato a vereador, prefeito e vice
- DECLARAÇÃO DE BENS - o candidato informa os bens que possui e o partido insere no CANDEX para posterior assinatura do candidato.
- COPIA NÍTIDA DE DOCUMENTO DE IDENTIDADE.
- PROVA DE DESINCOMPATIBILIZACAO dos que trabalham na Prefeitura, no Estado ou na União.
- CERTIDÃO CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - 1 INSTANCIA obtida pela internet no site www.jfrj.jus.br. 
- CERTIDÃO CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - 2 INSTANCIA obtida pela internet no site www.trf2.jus.br.
- CERTIDÃO CRIMINAL DA JUSTIÇA ESTADUAL no distribuidor criminal da cidade. Normalmente no fórum 
- CERTIDÃO CRIMINAL DA JUSTIÇA ESTADUAL 2 INSTANCIA - somente o candidato ou alguém a quem ele outorgar procuração poderá obter esta certidão pessoalmente na Av. Dom Manuel, 37, 4 andar, 401 bloco F no centro do Rio de Janeiro. Caso o candidato seja ou tinha sido militar: CERTIDÃO CRIMINAL DA JUSTIÇA MILITAR FEDERAL ou CERTIDÃO  CRIMINAL DA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL www.stm.gov.br
- CERTIDÃO DE FOROO PRIVILEGIADO se houver ( STF, STJ, TJ, TRF)
- CERTIFICADO DE ESCOLARIDADE OU DECLARAÇÃO DE PRÓPRIO PUNHO.- FOTO RECENTE, DIGITALIZADA, ANEXADA AO CANDEX, PREFERENCIALMENTE EM PRETO E BRANCO, 5x7, SEM MOLDURA, COR DE FUNDO UNIFORME, FRONTAL (BUSTO) E SEM ADORNOS. (tirar no Foto Santa Teresa).IMPORTANTE: havendo anotação nas certidões criminais elas deverão ser entregues acompanhadas das respectivas certidões de inteiro teor de cada um dos processos que aparecerem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012


EDITAL DE CONVOCAÇÃO
A Comissão Executiva Municipal do Partido Verde de Teresópolis, RJ, na forma dos artigos 54, II e III, 55, 58 e 106, convoca os convencionais para Convenção Municipal a realizar-se conforme abaixo:
Data: 30 de junho de 2012
Local: Auditório da Associação Comercial Industrial e Agrícola de Teresópolis, ACIAT.
Horário: 16h às 20h
Pauta:
1.    Deliberação acerca da formação de coligações ou se o Partido concorrera isoladamente.
2.    Deliberação acerca das candidaturas majoritárias.
3.    Deliberação acerca das candidaturas proporcionais e sorteio dos números com os quais os candidatos concorrerão.
4.    Fixação do limite máximo de gastos.

Teresópolis, 20 de junho de 2012.
Wanderley Peres

quinta-feira, 14 de junho de 2012

PV é o partido que menos tem políticos corruptos
A notícia foi divulgada essa semana pelo Tribunal Superior Eleitoral, e foi repercutida pelo site Observador Político, em www.observadorpolitico.org.br . Segundo o TSE, o ranking da corrupção no Brasil foi o seguinte, medido pela quantidade de políticos cassados por corrupção desde 2000:
1º) DEM (69)
2º) PMDB (66)
3º) PSDB (58)
4º) PP (26)
5º) PTB (24)
6º) PDT (23)
7º) PR (17)
8º) PPS (14)
9º) PT (10)
10º) PV, PHS, PRONA e PRP (1)
Obs.: Entre o
s 623 políticos que foram cassados (apenas um era do PV) quatro eram governadores e vices: Flamarion Portela, de Roraima, e Cássio Cunha Lima, da Paraíba, mantido no cargo por força de liminar do TSE. Os demais são senadores e suplentes (6), deputados federais (8), deputados distritais (13), prefeitos e vices (508) e vereadores (84).

quarta-feira, 13 de junho de 2012


  Queremos vereadores melhores e mais baratos
     Na última semana, os vereadores mudaram a regra do jogo e alteraram o número de cadeiras na Câmara Municipal. Agora, a Casa Legislativa será composta de apenas 12 pessoas, teresopolitanos que estão filiados aos partidos políticos representados no município e que estão sendo escolhidos nas convenções partidárias realizadas entre os dias 10 a 30 de junho. Serão os novos vereadores, aqueles que vamos acabar elegendo em outubro próximo.
     Segundo a legislação, para um cidadão se eleger basta que ele apresente certidões criminais negativas junto à Justiça Federal e Estadual, esteja em dia com as obrigações eleitorais, e seja escolhido pelo partido político em que estiver filiado. E, claro, que seja aprovado pelos eleitores nas urnas para que represente os interesses de todos nós no poder chamado Legislativo.
     Aparentemente simples, na prática o processo não se dá de forma tão fácil. Nem é tão justo, e são muitas as vítimas dos processos eleitorais, candidatos que terminam a campanha decepcionados com os resultados. É que, a cada ano, cada vez mais, pessoas mal intencionadas vem sendo eleitas para a função e, no cargo, mesmo desaprovados pelas ruas, fazem de tudo para manterem-se nele, passando a viver da política profissionalmente.
     Exemplo claro disso aconteceu agora em Teresópolis. Por definição da lei, o município, que tem 163.500 habitantes, deveria ter até 21 vereadores, o que já era previsto pela Lei Orgânica Municipal. Mas, ao apagar das luzes do período pré-eleitoral, o número de cadeiras foi reduzido para doze.
     Os vereadores fazem propaganda de que a mudança era uma medida necessária e visou a "proporcionalidade" e a "economicidade". Uma grande mentira. Não é proporcional, porque segundo a Constituição Federal, o município deve ter 21 vereadores. Muito menos haverá economicidade com 12 vereadores porque o repasse da Câmara anualmente é de 6% do Orçamento Municipal e, em momento algum, nossos cidadãos-representantes propuseram reduzir esse percentual.
     Se 21 vereadores podem custar até 6% do Orçamento Municipal, e nós teremos apenas 12 cadeiras na Câmara a partir de 2013, esse repasse deveria ser, por uma questão de economicidade, proporcional ao número de vereadores. Ou seja, se houvesse honestidade no discurso destes elementos, teria sido proposto, de imediato, não havendo necessidade da população se expressar, a redução dos seus gastos, desonerando os cofres públicos, que é quem paga pelas orgias nos mandatos legislativos.
     Mas, se é por economia, por que reduziu-se o número de vereadores? Não é difícil achar a resposta. Dono das consciências da maioria dos edís, e em busca da reeleição de seu grupo político, o prefeito-vereador Arlei Rosa é também "dono" de doze partidos políticos. Manda nos destinos das doze legendas que acochambraram-se com ele e, das diversas coligações que controlará, sairão quase todos os vereadores candidatos que votaram a favor dessa redução. E o restante dos vereadores que não estão alistados com o prefeito, embora subservientes a ele, estes se alojarão em legendas que pretendem coligar-se, já que são dependentes do poder político de um outro pré-candidato a prefeito, e cuja consciência política também pertence ao patrão do prefeito, o governador Sérgio Cabral.
     Essa Câmara de 12 vereadores é ruim, provavelmente a pior de todas que tivemos. Foi ela quem ditou as regras da corrupção no governo Jorge Mario, foi quem comeu galada com o JM no dia em que ele deveria comparecer a CPI, foi quem só cassou o prefeito ladrão depois que ele já tinha virado "bagaço", sem mais caldo algum pra dar. E só fez isso, acuada pelo povo, que chegou a apedrejar seu prédio, literalmente anexo à prefeitura.
     Mas, teremos um legislativo melhor ano que vem? A incerteza é grande, principalmente porque o poder Legislativo é um poder essencialmente representativo. Ele existe para dar voz às pessoas, aos diversos segmentos da sociedade. Então, deveríamos brigar por mais cadeiras, não o contrário. Precisamos de mais e melhores vereadores, temos de ter mais representantes dos interesses comuns da cidade na Câmara. Sem isso, as próximas câmaras podem também ser tão ruins quanto a que ainda teremos até dezembro próximo.
     Precisamos também que os vereadores sejam mais baratos para a sociedade. Não se admite que uma cidade que ainda tem escolas fechadas por causa das chuvas de um ano e meio atrás gaste cerca de R$ 10 milhões para bancar os luxos dos vereadores. Teresópolis ainda tem comunidades que não se falam porque as pontes que as ligam foram levadas pelas águas. Ainda temos gente morando empilhadas nas casas de parentes e amigos. E, enquanto presenciamos passivamente esse mar de lama, ignoramos que muitos corpos ainda estão desaparecidos, e desapercebidos pela indiferença dos políticos que usam o poder da decisão para tramar contra os interesses de todos nós.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Partido Verde defende o transporte alternativo
     A edição desta terça-feira, 12 de junho, do jornal O DIARIO DE TERESÓPOLIS, trouxe uma entrevista de página inteira com o presidente do PV Teresópolis, Wanderley Peres, onde o partido se posiciona com relação a dois temas polêmicos em Teresópolis e que devem estar na pauta dos discursos dos candidatos a prefeito em Teresópolis a partir do início do mês que vem.     Entre os tantos temas oferecidos para debate, o PV escolheu falar de "Educação" e "Transporte Público", ou seja, "merenda importada" e "transporte alternativo", temas que são verdadeiros tabús para os políticos locais. Publicada no impresso a matéria sai também no jornal da tevê, que está no ar desde a noite desta terça-feira, com reprises nesta quarta-feira, 13 de junho.

  Uma cidade avacalhada
     Ontem, em uma conversa com um grupo de pessoas - e o assunto era Teresópolis - uma frase dita me chamou atenção: Teresópolis está avacalhada!
     Confesso que fiquei meio chocada com o termo na hora, já que tratava-se de um grupo de "pensadores", digamos assim. Mas, no decorrer do "papo", cheguei a conclusão que não há termo mais apropriado, infelizmente, para definir nossa cidade.
     AVACALHAR - 1. Desmoralizar; executar mal. p. 2. Relaxar-se; desleixar-se - avacalhação, avacalhamento, avacalhado. É o que diz nosso bom e velho dicionário.
     Lembrei de pequena história que minha médica me contou: Vinha ela de uma pequena cidade no interior do estado e ouvindo a rádio local, em um programa de debate, um dos debatedores disse a seguinte frase:
     - Está reclamando? Aqui está ruim? Vá para Teresópolis!
     A que ponto chegamos..... Somos referência negativa dentro do nosso próprio Estado!
     Nosso povo desacreditado de tudo, nossos jovens, nossos futuros talentos, indo embora da cidade natal, as nossas calçadas sujas, empilhadas de lixo por toda parte, nossas ruas, verdadeiras crateras ao ar livre, nosso verde sendo arrancado para dar espaço ao concreto. Nosso trânsito, de uma grande metrópole, nossos rios... ah, os nossos rios... que dizem os mais antigos que por aqui até peixes alegravam nossas águas.
     Lembro da minha infância, que por aqui passava nas minhas férias. Lembro-me do cheiro que a cidade tinha, do sol que iluminava qualquer parte da Várzea. Hoje, minhas filhas sentem outros odores, hoje minhas filhas tem que procurar o sol e já não avistam mais as paisagens que eu pude desfrutar de qualquer lugar que eu estivesse a brincar.
     Mas, hoje, a cidade encontra-se completamente avacalhada. A "alta temporada" se aproxima e, mais uma vez, o que temos a mostrar para nossos visitantes? Pessoas de vital importância para nossa economia. Temos a mostrar, apenas uma cidade avacalhada...

* Postado por Nina Benedito no Facebook.

sexta-feira, 8 de junho de 2012


  Câmara reduz representatividade mas não seu custo
     Vai se discutir muito nos próximos dias a questão do número de cadeiras na Câmara Municipal. Na última sexta-feira, os vereadores confirmaram votação anterior, alterando a Lei Orgânica Municipal, reduzindo de 21 para 12 o número, o que vai afetar muito a vida política da cidade, principalmente os partidos, já organizados para participar pelo modelo que vigorava pela lei aprovada por eles mesmos, anteriormente e que previa mais representatividade no Poder Legislativo.
     A intenção deste blog é orientar os filiados do Partido Verde. Então, cabe esclarecer o assunto, principalmente porque a luta continua e, com 12 ou 21 vereadores, precisamos estar com o discurso pronto para o enfrentamento político.
     A verdade é que a redução de cadeiras compromete muito a representatividade do Legislativo Municipal e pode ter sido votada por interesses condenáveis. “Quem lembra das câmaras de 21 sabe que elas eram melhores que as de doze. E as câmaras de 21 eram melhores porque elas permitiam que mais interesses coletivos, inclusive de minorias, fossem representados. Já tivemos vereador que defendia os interesses dos portadores de necessidades especiais, que defendiam o trabalho para os adolescentes, tivemos vereador até que ousava questionar o monopólio das empresas de ônibus... Hoje não tem mais nada disso porque só se elege quem tem dinheiro para sustentar cabos eleitorais e não mais aqueles que tem propostas de interesse coletivo. Além disso, sabemos que os nossos doze vereadores se alojaram muito bem nos partidos com maior potencial de voto, e com argumentos para coligações com os partidos “nanicos” que interessarem a eles, sempre na busca de mais facilidade para a reeleição”, declarou nesta sexta-feira o Partido Verde à imprensa local.
     Temos que lembrar que as votações importantes da Câmara acontecem com a aprovação de dois terços. E é mais fácil o prefeito comprar a consciência de oito vereadores na câmara de doze que se adonar da consciência de quatorze na câmara de 21. Cadê o Bira que era uma pedra no sapato do prefeito na Câmara de 21? Não se reelegeu, como também ficaram de fora na Câmara de 12 o vereador Wallace Deficiente, a Madalena do Camp, o João Batista que denunciava a viação... O Poder Legislativo é um poder representativo da sociedade e se representantes de segmentos da sociedade não têm condições de alcançar o poder nesse modelo de Câmara reduzida, ele é ruim, muito ruim.
     O problema da Câmara hoje não é a quantidade de vereadores que a compõe e sim a qualidade dos vereadores que acabam eleitos. Os nossos vereadores são ruins em número de doze e serão ruins em número de 21 ou mais enquanto o eleitor não estabelecer melhor critério na hora de votar. E a nossa Câmara vai custar o mesmo preço para nós com 21 ou 12 cadeiras e isso os vereadores não querem comentar ou alterar. É preciso também que o eleitor veja a quem interessam candidaturas nanicas que vão se aventurar na eleição apenas para serem escadinhas e reeleger políticos que ele diz condenar. Muitos que seriam candidatos não serão mais e, agora, vão se oferecer para apoiar candidatos com dinheiro, provavelmente os veradores de mandatos que todos criticam.
     O problema da Câmara, vamos repetir, é a qualidade  dos vereadores e não a quantidade. É também o quanto ela custa, R$ 10 milhões por ano, e nenhum centavo deste repasse será ecomizado porque teremos menos vereadores.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

  Seminário do PV
     Na próxima semana, entre os dias 11 e 14, no auditório do Sincomércio, ocorre o Seminário do PV, para orientar os pré-candidatos do partido às eleições de outubro. Voltado para os que pretendem uma cadeira na câmara de vereadores, o evento se encerra com a pré-convenção, onde o partido vai anunciar a convenção municipal e antecipar decisões partidárias de interesse dos filiados.
     Então, encontro marcado para os pré-candidatos, nos dias 11, 12, 13 e 14 de junho, a partir das 18h30min, no auditório do Sincomércio, na travessa Ranulfo Féo, 36, sala 208.
     Aguardamos todos.

  As cabeças da ponte e a mente dos políticos

     Na última semana, um veículo derrapou próximo à entrada do Parque Nacional, na estrada Rotariana, em Teresópolis, batendo no barranco à esquerda, provocando a morte de uma criança doente, que era trazida às pressas ao hospital. A curva que representa risco para quem chega à cidade, está perigosa também no sentido contrário, puxando para a esquerda sobre um barzinho fincado na cabeceira da ponte Sloper, exigindo reparo e, principalmente, a instalação de um redutor de velocidade, que daria mais segurança inclusive no acesso ao Parque, onde há intenso movimento de entrada e saída de veículos.
     Ao tempo que a ponte em curva continua oferecendo risco também para os pedestres que caminham do Alto ao Soberbo todos os dias numa das caminhadas mais clássicas do teresopolitano, a prometida passarela anexa à ponte Sloper ainda não foi construída, como também não foi solicitado aos invasores que desocupem as cabeceiras dela, que é um sítio histórico da Estrada de Ferro Therezopolis, tombada por força de lei municipal desde o ano 2008.
     Aliás, essa semana, a Alerj tornou essa mesma ponte Sloper um bem de interesse histórico para o Estado do Rio de Janeiro, considerando-a um patrimônio arquitetônico e cultural. De autoria do deputado Alessandro Calazans, o projeto de lei tem o número 1.592/08 e vai a segunda votação em breve, preservando também a passarela da rua São Francisco e o túnel da Beira Linha, remanescentes da EFT, de boa memória para o teresopolitano.
     O governo do Estado não conseguiu ainda levantar uma ponte sequer em Teresópolis, das que cairam com as chuvas de janeiro de 2011, e as que as águas não levaram, algumas delas, apresentam-se em péssimo estado de conservação, colocando vidas em risco. Os políticos que não levantam pontes também não as mantém e, se alguns se preocupam com a preservação de sítios históricos, fazendo leis em sua defesa, outros não conservam esses bens arquitetônicos e culturais, deixando-os, inclusive, a mercê de pessoas que os utilizam indevidamente.
     É como se o que é de interesse público não fosse de interesse de ninguém, responsabilidade que também não parece afetar tanto a sociedade, que assiste passivamente a inércia dos políticos que elegeu ou viu aboletar-se no poder.
     Às vésperas das convenções que vão escolher os candidatos a vereador e prefeito, a sociedade vê-se agora refém da sua indiferença ao processo político, e como resultado disso, tende a ter que escolher, mais uma vez, entre as menos piores opções que se oferecerem ao sufrágio, aqueles que irão tomar conta de seus interesses - e dos nossos, os chamados interesses públicos - nos próximos anos.
     Uma pena que as coisas sejam assim...

terça-feira, 5 de junho de 2012


  O Dia do Meio Ambiente
     Estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1972, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano, o Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho, data que chama a atenção dos povos e provoca a ação política nos países do mundo inteiro para aumentar a conscientização e a preservação ambiental.
     O meio ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação do homem em meados do século XX, mas foi ainda no século XIX que um biólogo alemão, Ernst Haeckel (1834-1919), criou formalmente a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente, ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia. Celebrado de várias maneiras, esse dia é aproveitado em todo o mundo para chamar a atenção da necessidade urgente de ações visando a preservação do planeta.
     No dia do Meio Ambiente, e na semana em que ele se inclui, chefes de estado, secretários e ministros do meio ambiente fazem declarações e se comprometem a tomar conta da Terra. Mas, cada um de nós, podemos - e devemos! - fazer a nossa parte para a preservação das condições mínimas de vida onde vivemos. Pra começar, devemos aprender a consumir menos o que precisamos economizar.

quarta-feira, 30 de maio de 2012


  Trocando 21 por uma dúzia
     Em inesperada votação, os vereadores aprovaram nesta terça-feira, 29, a redução do número de cadeiras na Câmara Municipal, que era de 21 por emenda à Lei Orgânica Municipal feita no ano passado, passando agora a ser de 12, caso o novo projeto de emenda a LOM seja aprovado em segunda votação, programada para ocorrer na manhã do dia 8 de junho.
     A decisão vem seguinte a uma vaga matéria publicada no jornal O GLOBO e a ameaça de um frustrado "movimento popular" que exigiria a redução, proposta que não caiu no goto do povo devido ao completo desinteresse da sociedade pelo que representa o poder Legislativo atualmente.
     Feita a "boa ação", os vereadores pronunciaram suas qualidades, enaltecendo o voto dado como um ato cidadão. Mas, conhecendo suas excelências, podemos dizer que debaixo desse angu tem caroço e caroço de cajá manga chupada, coisa que não vai descer goela abaixo muito facilmente, podendo render efeitos colaterais sérios.
     Essa discussão da redução de vereadores, aliás, é um grande engodo e quem conhece um pouco mais de política, e está inteirado de como a "nossa" funciona, sabe muito bem que o número de vereadores em Teresópolis não é o nosso problema. O xis da questão está na qualidade dos edís e, principalmente, no repasse que a Câmara recebe independente do número de cadeiras. Isso todo mundo no prédio anexo da prefeitura prefere não comentar, evitando o assunto até aqueles que se consideram os "baluartes" da moralidade do lugar.
     A questão da qualidade dos vereadores é culpa do eleitor que teria votado mal quatro anos atrás e isso se conserta em 7 de outubro. Mas o repasse, que ninguém quer comentar, é um assunto que deveríamos discutir mais. Os doze vereadores da nossa Câmara têm para gastar durante um ano cerca de R$ 10 milhões, que representa 6% do orçamento municipal. É tanto dinheiro que alguns presidentes até devolveram parte dele porque não conseguiram gastá-lo.
     Não muda em nada nossa relação de decepção com a Câmara se ficarmos, então, com doze vereadores, ou voltarmos a antiga quantidade de 21. Eles nos custariam o mesmo preço sendo em uma dúzia ou se a penca tiver pouco mais de dúzia e meia. E continuarão sendo ineficientes se não forem provocados a mudar de hábitos ou, em tempo devido, trocados por elementos de melhor qualidade.
     Em 1947, Teresópolis tinha menos de 15 mil eleitores e eram 15 vereadores, na proporção de quase 1 vereador para cada mil eleitores. Essa quantidade de cadeiras na Câmara se manteve até o início dos anos 1980, quando já tínhamos uma população de cerca de 70 mil pessoas. Não se sabe de câmaras tão ruins naqueles idos tempos, nem de quando o número de cadeiras na Câmara foi aumentando, para 17, 19 e 21 vereadores, a partir da eleição de 1982.
     Quem conhece um pouco a história da cidade pode refletir melhor sobre o número ideal de vereadores. Basta lembrar das câmaras de 21 que tínhamos até o ano de 2004, e quem eram os seus integrantes, e das deploráveis câmaras de doze vereadores, que elegemos em 2004 e em 2008. Com menos vereadores o poder legislativo fica mais cooptável, além de apresentar menor representatividade. Cadê o vereador que defendia o portador de necessidades especiais, aquele das causas ambientais e dos bichos, aquela que brigava pelo emprego do menor? Eles foram defenestrados pela "redução" proposta por políticos imbecilizados, estando as causas que defendiam sem representante na Câmara, como também ficarão desprotegidos os interesses da maioria dos teresopolitanos se para a próxima eleição, em busca do alto cociente eleitoral, os partidos tiverem que se juntar promiscuamente, obrigando boas opções de vereadores se transformarem em "escadas" nas legendas coligadas para que os atuais vereadores, subvencionados pelo dinheiro do mandato, subam neles e obtenham o cociente eleitoral.

segunda-feira, 28 de maio de 2012


  Mutirão à moda Teresópolis
     A secretaria municipal de Saúde informa que fará "mutirão" nesta quinta-feira, 31, no Pedrão, para atender os pacientes com encaminhamento de consulta médica feitos nos meses de fevereiro, março e abril, sendo atendidos ainda pacientes que tenham protocolo de consulta médica para o mês de maio. E, na sexta-feira, 1.o de junho, será iniciado um "mutirão" nos bairros. A segunda promessa foi feita na última quinta-feira, na prefeitura, em reunião do prefeito com os presidentes de associações de moradores e lideranças comunitárias diversas. Segundo o governo, cada bairro receberá a visita dos funcionários municipais, estando já definidos os dias para o fachinaço, que deve ocorrer às sextas e sábados, guardando-se os demais dias da semana para a manutenção regular da cidade. Segundo release da prefeitura, no "mutirão dos bairros" serão feitas operações de capina e de tapa-buracos com asfalto, além de limpeza, retirada de lixo, desentupimento de bueiros, pintura de meios-fios e conservação de praças".
     A notícia dos mutirões da prefeitura agradou o público. Mas, apesar de também me agradar quando vejo os demais se agradando, acho que devemos nos preocupar com isso. Não apenas pelo tom eleitoral que possam ter essas ações nos bairros. Isso a sociedade até já admite, e há um setor no judiciário para dar conta de coibir abusos, a "justiça eleitoral". Me preocupa, em primeiro momento, a banalização do termo, usado aqui de forma equivocada.
     A palavra "mutirão" tem origem no tupi motyrõ, que significa "trabalho em comum". É o nome dado no Brasil a mobilizações coletivas, baseando-se na ajuda mútua prestada gratuitamente. Faz-se mutirão para bater lages, na colheita de lavouras, para limpezas ou mesmo construção de igrejas e prédios comunitários. Em síntese, mutirão é uma iniciativa envolvendo várias pessoas de uma comunidade, que executam um trabalho não remunerado e de interesse comum.
     Então, se mutirão é "trabalho de ajuda mútua prestado gratuitamente", a prefeitura não está fazendo mutirão ao atender os pacientes da saúde que já deveriam estar atendidos desde o início do ano, muito menos seria favor ou gentileza as "operações de capina e de tapa-buracos com asfalto, além de limpeza, retirada de lixo, desentupimento de bueiros, pintura de meios-fios e conservação de praças" nos bairros da cidade.
     Em ambos os casos, além do emprego equivocado da palavra, o governo municipal está, na verdade, confessando incompetência para administrar a cidade, tendo que juntar forças de servidores públicos que já deveriam ter feito o serviço em seu devido tempo para mostrar um trabalho reconhecidamente ineficaz e que resultará, certamente, num pequeno grupo de moradores e de políticos-candidatos aparecendo felizes nas fotografias publicadas nos jornais.
     Uns estarão rindo porque, mesmo atabalhoadamente, foram atendidos pelo poder público. Outros, porque a eleição se aproxima e precisam aparecer bem na foto...

sexta-feira, 25 de maio de 2012


   A pluralidade do Verde

     A julgar pelas propagandas políticas partidárias veiculadas atualmente na telinha, a palavra “sustentabilidade” – ou desenvolvimento sustentável – vêm sendo utilizada por quase todos os partidos nesse começo de corrida eleitoral. Bom saber. A esperança é verde e sempre a última que morre e, portanto é extremamente saudável a todos nós e ao nosso planeta que tal idéia e conceito de sustentabilidade sejam amplamente divulgados, mesmo que utilizados oportunamente por alguns...
     E é exatamente dentro dessa pluralidade/variedade de propostas, vivências e conceitos que emerge a esperança. E foi estimulado por essa possibilidade de união de experiências que saí da reunião do Partido Verde – PV – de Teresópolis quando da apresentação de seus membros. São cidadãos com várias atividades no comércio, educação, esporte, na comunicação, todos conscientes da necessária integração entre desenvolvimento & progresso & exploração racional dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida da humanidade. No PV estarão representados todos os segmentos produtivos e pensantes do município formando um bloco interessante e consistente para juntar idéias, propostas e projetos em prol de uma nova Teresópolis. No momento são ainda palavras e quando delas estamos fartos de ouvir promessas e assistir omissões e incompetências depois das tragédias da região serrana. E como cantou Ivan Lins - “depende de nós”! Através do trabalho que se inicia tenho certeza que iremos provar nossa força e não com promessas, mas com propostas e projetos pertinentes que serão apresentados durante a campanha eleitoral. Apesar de alguns outros partidos apressadinhos, temos tempo suficiente para botar nosso bloco na rua e chamarmos atenção do eleitorado com propostas e projetos ousados, dentro da nova realidade global e planetária. Posso adiantar que serão propostas e projetos pontuais, buscando soluções locais, sem grandes investimentos, de fácil e rápida construção e consequentemente conclusão, na preocupação e determinação de que os projetos não fiquem apenas no papel.
     Assim deixo as coisas amadurecerem e puxo a brasa ecológica para a minha sardinha fora do “defeso”...
Então, sempre com reticências, mas dentro da máxima ambiental de que agir localmente é pensar globalmente, faço questão de deixar registrado em fotos – imagens, dizem, não valem mais que palavras? - o quase abandono que o bairro do Quebra Frascos vem sendo vítima já algum tempo. Ciente dos problemas mais sérios que outros bairros enfrentam, como representante da Associação de Moradores e Amigos do Quebra Frascos tenho evitado confronto com os órgãos “competentes”. Depois das tragédias, ambiental e política – sobraram palavras, promessas e fofocas. Depois dos fatos e fotos – sobra percepção de risco e demagogia - não mais factóides...

* Texto de Zé Waitz, publicado no jornal O DIÁRIO. zewaitz@gmail.com

quinta-feira, 24 de maio de 2012


   "Teresópolis é o quê?"

     Chegado o período eleitoral, os políticos elaboram plataformas com discursos exigindo a definição característica da nossa cidade. "Teresópolis é o que? Uma cidade turística, universitária, industrial?", já se perguntou mais de uma vez. É universitária e pode ser industrial, principalmente se buscarmos uma industrialização sustentável. Mas, quanto ao turismo não há o que duvidar.
     Base do turismo, da visitação, o hábito do veraneio no Brasil surgiu a partir dos primeiros anos de 1820, quando chegaram ao Rio de Janeiro após a abertura dos portos, em 1811, os estrangeiros que se estabeleceriam na Capital do País para os diversos tipos de negócios.
     A partir desta época, o inglês George March, que tinha arrendado a fazenda Paquequer em 1818, passou a receber amigos ingleses em sua propriedade, chamada “Fazenda Sant’Anna do Paquequer”.  Pouco depois, por volta de 1825, surgem as primeiras casas de Teresópolis, construídas por March para receber seus hóspedes, que já não cabiam mais na casa principal. Essas casas eram feitas à moda da terra, de pau a pique, barreadas a mão e cobertas de sapê. Embora simples, eram assoalhadas e forradas, com divisões internas obedecendo ao modelo das casas inglesas.
     Com a morte de March, em 1845, e o retalhamento de suas terras, nos anos 1850, a tradição do veraneio foi mantida na vila que a Serra dos Órgãos via surgir, aparecendo também os primeiros hotéis da freguesia de Santo Antônio de Teresópolis, criada em 1855, através do Decreto 829.
     E, junto com o veraneio, foram mantidos os princípios de receptivo inventados pelo inglês March, dando aos hotéis e pensões da cidade uma característica muito peculiar. Esses estabelecimentos não seriam como os demais, surgidos ao longo do Brasil nos primeiros anos do Brasil pós Dom João VI. Nossos hotéis tinham donos que recebiam seus clientes de forma parecida com a de March, vendo-os como hóspedes, amigos com quem criariam, inclusive, laços de camaradagem, revendo-os anualmente nos períodos de calor da Capital.
     Assim, surgiram o Hotel dos Órgãos, de Bebiano José da Silva; o Hotel Bessa, de Antero Bastos; o Várzea, do Sebastião Teixeira... E, ainda o Angelo, Lacerda, Flórida, Várzea, Phillipe, Califórnia, Teresópolis, Nevada, Central, Avenida, Comary, Residência... As pensões Serrana, Pomar, Aguiar, e tantas outras.
     Esse hábito de passar temporadas nos hotéis de Teresópolis só mudaria com a chegada da estrada de rodagem, em 1959. A “Estrada Direta” representaria, ao mesmo tempo, o progresso que a cidade pedia e a desventura de quem dependia dos veranistas, escasseados a partir de então e, a maioria, transformados em habitantes, com suas “casas de veraneio”, construídas com a mão de obra que formaria outro grupo de novos habitantes: os pedreiros, carpinteiros, construtores e serventes, fazendo surgir os bairros operários, na periferia dos nobres, para onde foram também gente de todo lugar que começou a se encantar com a cidade que via às margens do caminho em direção ao Rio de Janeiro, a partir de 1970, quando foi aberto o trecho Teresópolis-Além Paraíba da Estrada Rio-Bahia, decidindo aqui ficar.
     Teresópolis é assim. Encanta a todos e muda como um organismo vivo que precisa crescer sempre. E, também, desenvolver-se, quando os políticos permitem.

* Texto de Wanderley Peres, publicado no DIÁRIO. wpcultura@gmail.com

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Estelionato eleitoral pode ser punido

     Há algumas semanas, participei de uma audiência pública com o Deputado Estadual Luiz Paulo, do PSDB, político por quem tenho admiração, tendo sido eleitora dele algumas vezes. Em seu discurso sobre a CPI da Região Serrana, ele usou um termo que me deixou bastante intrigada. Ele falou sobre "estelionato eleitoral". Logo pensei se haveria alguma jurisprudência para isso. Continuei intrigada com o assunto e cheguei a questionar o meu marido, que é advogado, sobre a matéria. Quero compartilhar com vocês então.
De acordo com o Código Penal, o estelionato é capitulado como crime econômico sendo definido como "obter para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento".
     O crime de estelionato atenta contra o patrimônio. Pode ser praticado por qualquer pessoa que tenha a intenção de induzir (criar situação que leva a vítima a errar) ou manter (a vítima estava no erro e o agente nada fez para mudar) outra em desvantagem.
     Atualmente, mais da metade das manchetes dos jornais abordam assuntos ligados á corrupção política, a omissão ou negligência do poder público.
     O candidato promete o que lhe convém, sem qualquer responsabilidade quanto ás consequências ou á responsabilidade de realizar o prometido. A propaganda veiculada é uma peça fantasiosa que não tem qualquer valor. Nela candidatos implicados até em crimes, aparecem travestidos de beneméritos bem feitores da humanidade.
     Se após eleito o ex-candidato, agora político legitimado pelo voto mudar de opinião ou mesmo alterar o comportamento, praticando delitos ou atos lesivos aos interesses daqueles que o elegeram, nada acontece.    Se não cumprir o prometido, não há satisfação a dar ou contas a prestar.
     Um representante é escolhido em função de suas características e promessas, que pelo eleitor são vistas como compromissos.  Caso este representante venha alterar o seu "contrato" com o eleitor, nada pode ser feito, a não ser lamentar ou no máximo deixar de votar naquele político em eleições subsequentes.
     Essa é uma das razões da degradação política.  nada funciona sem que exista uma amarração quanto á responsabilidade, a obrigação de fazer e mesmo a punição por não fazer o "contratado".
     Na prática, estamos diante de em grande estelionato.  É incompreensível que no tocante ao consumo de produtos e serviços sejamos tão exigentes e naquilo que é mais importante, ou seja, nosso destino, o de nossos filhos e da nação, sejamos tão tolerantes e negligentes.
     Criemos, pois, a tipificação e punição desse absurdo que gera um quadro de incertezas e desequilíbrio para a sociedade.
     QUE SE PUNA O ESTELIONATO ELEITORAL!


* Texto da filiada ao PV, Nina Benedito. Publicado em seu perfil no Facebook.
Blog do PV, um espaço para novas idéias

     É fato que a política está com a imagem desgastada diante da opinião pública, assim como é verdade que os partidos, essência da atividade política, estão ainda pior. E, aqui em Teresópolis, em especial, nunca houve, como nos últimos tempos, uma situação de tamanho descrédito com relação às autoridades municipais. Mas, também, nunca houve tão grande certeza do papel altamente relevante que as escolhas políticas têm para as nossas vidas. Infelizmente, foi preciso muito sofrimento para que a população compreendesse este fato.
     Lembramos neste dia 22 de maio o DIA DA BIODIVERSIDADE e, numa região tão afetada pelo convívio equivocado com o meio em que vivemos, nos ressentimos da falta de políticas ambientais que assegurem uma melhor qualidade de vida para todos nós.
    Não há, definitivamente, nenhuma preocupação por parte das autoridades de ações nesse sentido.
    O quadro em nossa cidade é desolador. Nossos morros vem sendo devastados pela "especulação política", as margens dos cursos cursos d'água são ocupadas criminosamente, e o nosso principal rio, o Paquequer, virou a lixeira do mundo. Equívocos administrativos ao longo de vários governos provocaram conseqüências gravíssimas, mudando até culturalmente a sociedade, que não parece preocupar-se com esse desequilíbrio ambiental.
     O PV em Teresópolis entende que temos desafios que precisam ser enfrentados com muita sabedoria para que essa triste realidade seja mudada. Precisamos demonstrar que o partido político é um meio legítimo e eficiente para trazer a população ao centro das decisões no campo da política e que somente a participação popular vai fazer os governantes cumprirem o seu papel.  O Partido Verde tem propostas claras para os problemas sociais e uma delas é garantir que os seus membros e, em especial, as suas lideranças, têm autoridade moral para o trabalho de reconstrução dos valores que estão adormecidos na sociedade local e, ainda, exigir que Prefeitura e Câmara Municipal cumpram o papel que lhes cabe de agentes fundamentais no desenvolvimento da cidade.
     A intenção desse blog – e a motivação da idéia de criá-lo – é a procura de outros caminhos para a política local. Precisamos do conhecimento dos problemas e apontar as soluções que vislumbramos.
     Temos desafios que precisam ser enfrentados com muita sabedoria. Precisamos demonstrar que os partidos políticos são meios legítimos e eficientes para trazer a população ao centro das decisões no campo da política e que somente a participação popular vai fazer os governantes cumprirem o seu papel.
     Os partidos políticos precisam anunciar suas propostas para os problemas que nos afligem e uma delas é mostrar-se ao público para que seus membros e, em especial, suas lideranças, sejam conhecidas. É necessário que as pessoas saibam quem tem autoridade moral para o trabalho de reconstrução dos valores que estão ainda presentes, embora adormecidos, na socidade local e, também, exigir que Prefeitura e Câmara Municipal cumpram o papel que lhes cabe de agentes fundamentais no desenvolvimento da cidade.
     Esperamos que a partir das discussões saiam propostas para a reconstrução política das pessoas e, com base no conhecimento das necessidades, sejam compostos os projetos de governo que serão levados para as ruas em outubro próximo.
     Precisamos conhecer mais os nossos problemas e democratizar esse conhecimento, discutindo sempre com a população a melhor forma do convívio social e econômico, que deverá ser, sempre, pelo desenvolvimento sustentável.


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  Pecado imperdoável! 
     Teresópolis precisa de um prefeito que mude o modo como se faz política na cidade e em todos os cantos do Brasil. Comecemos pelo caso crônico do preenchimento dos cargos públicos, uma praga, que, em resultados, equivale ao efeito de uma nuvem de gafanhotos agindo numa plantação.
     Estou matriculado no IBMEC CONFERENCE, ciclo de palestras de intelectuais e empresários promovido pelo IBMEC, com o intuito de analisar e debater os efeitos da crise econômica mundial sobre o Brasil.
     Há coisa de uns 15 dias, esteve por lá o Professor Miguel Reale Junior, que dedicou o tempo que lhe deram à análise formação da consciência política do povo brasileiro e às suas consequências sobre o modelo econômico atual. Em determinada fase de sua palestra ele afirmou: “os políticos brasileiros adotam o sistema de caixa dois, aquele denunciado no mensalão, para financiar os seus cabos eleitorais durante as campanhas”. O professor está atrasado – muito atrasado.
     Tem muito tempo que os políticos brasileiros liberam os resultados que obtém no sistema de “caixa dois” – no “por fora”. Para tanto, eles financiam os cabos eleitorais, os seus e os de seus aliados, direta e indiretamente, via folha de salários da rede pública, produto dos cargos comissionados. Por isso, esses cargos existem em números impressionantes, principalmente, nas prefeituras. Há quem fale que em   Teresópolis, por exemplo, estejam na casa dos três dígitos, na casa dos milhares. Pode ser.
     E, não bastasse serem tantos, eles ainda se multiplicam, pela prática corrente do rateio: quem está matriculado nos cargos comissionados recebe com os salários a obrigação de dividi-los com outros cabos eleitorais. Ociosidade paga com o dinheiro público.
     Por isso, não é difícil nos municípios de porte médio como Teresópolis, que aproximam as pessoas, a gente encontrar entre os vizinhos e entre os parceiros do dominó e do baralho que se joga nas praças, alguém que esteja matriculado na Prefeitura, na Câmara Municipal ou no gabinete de deputados e de políticos que buscam votos na cidade.
     Esse é um pecado imperdoável da administração pública. Uma indecência, uma imoralidade muito cara, contra a qual o Ministério Público inicia, ainda de modo tímido, atitudes de limitação. Uma situação que os políticos começam a contornar com a realização de concursos públicos patrocinados pelas prefeituras, mas orientados por uma série de subterfúgios legais e não legais, que visam à formalização das funções dos cabos eleitorais que deveriam ser substituídos.
     A prática de pagar cabos eleitorais com o dinheiro público traz para o campo das campanhas o contribuinte, que penalizado pelos altos impostos, vê a padrão dos serviços públicos seguir pelos ralos, porque quem deveria zelar pela qualidade prefere pagar a ociosidade bem remunerada daqueles que, nos tempos das campanhas, durante dois ou três meses apenas, saem a pedir votos, carregar cartazes, dirigir vans, distribuir santinhos e organizar festas, com a intenção de passar pelo menos três anos e meio sem nada fazer, sustentados por um bom salário.
     Estamos às vésperas das campanhas eleitorais. Tempo bom para examinar de perto a composição dos gabinetes dos políticos que estarão nas ruas de Teresópolis a disputar o mandato de prefeito. Os eleitores deveriam exigir deles a publicação dos nomes, das funções e dos salários de todas as pessoas que eles empregam. Mas, esta é, também, uma providência de inteligência estratégia para quem disputa com eles os mandados de prefeito e vereadores e não tem a regalia de pagar os seus cabos eleitorais com o dinheiro público.
     Ótima ocasião, de igual modo, para que o povo exija dos que disputam a eleição, o compromisso prévio de extinção definitiva dos cargos comissionados. Com certeza, nem a Prefeitura nem as Câmaras Municipais precisam deles para exercerem as suas obrigações.

* Texto de Jackson Vasconcellos. Publicado no DIÁRIO DE TERESÓPOLIS.

quarta-feira, 9 de maio de 2012


  Revista do Meio Ambiente
     Acompanhamos a deputada estadual Aspásia Camargo e o jornalista Vilmar Berna em visita ao Campo Grande, ou o que restou dele, depois da tragédia de 12 de janeiro de 2011. O cenário de guerra que já nos acostumamos a ver provocou espanto nos dois ambientalistas, abismados com tamanha destruição. O olhar da deputada, que é presidente da Comissão de Urbanismo da Alerj, pairou sobre os problemas sociais na localidade, onde encontrou mulheres que não tem como alimentar os filhos, e continuam morando no lugar, apesar do aluguel social que deveria servir para retirá-la daquela área de risco. Enquanto isso, o jornalista Vilmar tentava entender a causa provocadora do ninho de pedras formado ao longo do vale e a forma inconsequente como o talweg acabou ocupado. - As pessoas foram ocupando esse lugar e não receberam informação da prefeitura de que corriam risco?, quis saber.
     O espanto maior dois dois, aliás, foi saberem que a inconsequência das autoridades continua. No depoimento de uma vítima à parlamentar, a percepção de que o aluguel social vem sendo utilizado em Teresópolis como “bolsa”, não tirando da zona de perigo os “desabrigados”. E, na mira do apurado olhar crítico do ambientalista, a prova de que não são somente os pobres que invadem áreas de proteção ambiental. No meio daquele mar de pedras, percebeu um muro sendo feito dentro do rio, onde o morador de uma residência de luxo avançou leito adentro em busca de recuperar parte do terreno perdido pelo novo traçado das águas.
     Texto retratando essa visita saiu publicado essa semana na Revista do Meio Ambiente, de circulação nacional, e que trata, justamente, do relacionamento entre o homem e o planeta nos diversos cantos do país.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Uma nova área de risco?

    Ávidos em dar uma resposta política aos desabrigados, nem que seja em forma de promessa, a prefeitura de Teresópolis e o governo do Estado podem estar cometendo um grande equívoco e que cabe à sociedade organizada discutir, e acompanhar, para que cuidados sejam tomados com relação à ocupação desta área. A Fazenda Ermitage é uma bacia com a permeabilidade já comprometida, sendo as suas águas responsáveis pelo alagamento da rua Manoel José Lebrão quando das chuvas fortes em Teresópolis.
Aumentando a impermeabilidade desta bacia, um charco que absorve a umidade dos morros próximos, teremos alagamentos ainda maiores nos bairros Ermitage e Tijuca, que já sofrem com as enchentes quando chove um pouco mais forte.
     Outro problema da criação de um bairro populoso na bacia da Ermitage é a necessária infra-estrutura, nunca equivalente a que existe nas localidades atingidas, sem contar a questão cultural dos novos moradores, oriundos de bairros diferentes, com necessidades e costumes específicos. A Cidade de Deus e a Favela da Maré, no Rio de Janeiro, são exemplos disso e, em Teresópolis, temos o Matadouro e a Fazenda Fonte Santa que não agradaram os moradores que para lá foram enviados. Todos sabemos que as casas populares do Matadouro não foram habitadas porque não existiam em seu entorno os costumes e os hábitos que os moradores contavam nas suas antigas comunidades. “Há também que se preocupar com as raízes desses lugares atingidos. Desde a padaria próxima, a escola, a creche, a igreja, até o botequim onde se assiste o jogo dos domingos, tudo isso faz parte dos costumes e da cultura local destes desalojados. Sem contar que as pessoas dessas comunidades não têm grande facilidade de adaptação. Elas vivem, literalmente, em comunidade, se ajudando e se inteirando dos problemas do lugar, que também são motivos de aproximação. É um crime amontoar essas gentes, de tantos lugares diferentes, num mesmo ponto, onde a ocupação do território facilita a ação dos aventureiros, até mesmo a proliferação das drogas”, observei outro dia num bate papo sobre o assunto na rede social Facebook. “A irresponsabilidade de transferir para um bolsão de casas os desabrigados de tantos lugares diferentes é tamanha que não se cogita, por exemplo, de arranjar espaços no interior para construir casas para quem perdeu suas residências. Na conta da prefeitura o agricultor, dono da terra ou meeiro, de Vieira ou Pessegueiros, por exemplo, vai ganhar casa na Ermitage. O desequilíbrio social e econômico que esse deslocamento vai provocar é enorme”.

     ESTADO NÃO QUER PAGAR O QUE A ÁREA VALERIA
     Na semana passada, a justiça bateu o martelo e deu a imissão de posse ao governo do Estado na Fazenda Ermitage, estabelecendo o valor de R$ 13 milhões para a compra do imóvel. A notícia foi divulgada na edição seguinte do DIÁRIO, dando esperança aos que estão com os nomes inscritos para receber as moradias devidas pelo Estado desde o ano passado.
     Mas, como era bom demais pra ser verdade, o Estado disse que "vai recorrer" da decisão. Não que não queira mais a área, é que o governador Sérgio Cabral achou caro o preço estabelecido para a propriedade e quer pagar apenas R$ 2 milhões na Fazenda, que foi avaliada pelo proprietário em R$ 31 milhões.
     Pra quem não lembra, a Fazenda Ermitage foi desapropriada pelo ex-prefeito Jorge Mario em janeiro de 2011 e a briga pela sua posse vem desde essa data. Quinze meses depois, com a recusa do governo do Estado em pagar o preço estabelecido pela Justiça, muitos outros meses vão se passar até que as partes cheguem a um acordo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Na fotografia do professor Nobile, como ficou a Praça Olímpica na primeira "grande enchente" de Teresópolis



As águas de Abril, de Março, ... de janeiro de 2011

     Quem tem aí seus setenta anos lembra bem da grande enchente que aconteceu em Teresópolis em 1957. Era prefeito do município o José de Carvalho Janotti e deputado estadual o Roger Malhardes, que tinha ocupado a prefeitura por duas vezes em 1945 e 1946, como interino e, eleito em 1950, por um período de quatro anos, entre 1951 e 1954.

     A cidade tinha poucos prédios, não havia asfalto nas ruas, e as margens largas do Paquequer guardavam o excesso de água que o leito do rio não conseguia escoar. Nesse tempo, o rio tinha também um tempo diferente: Era mais lento, quase preguiçoso... Era um rio fazendo o seu papel de rio, drenando as águas que desciam das suas bacias, escoando para o mar a água que evaporou de lá e se transformou nas nuvens precipitadas aqui, alimentando a vida nesse recanto onde a qualidade dessa vida também era outra.
     Quem tem alguns anos a menos, vai lembrar da "grande enchente" de 1983, que ocorreu logo nos primeiros dias do governo do prefeito Celso Dalmaso, num mês de março. Ou, das "grandes enchentes" de 1981 (em abril e em dezembro) e de outras de mesmo tamanho, ocorridas, quase regularmente, em todos os anos do governo do prefeito Pedro Jahara, que durou seis anos, de 1977 a 1982. No governo do Pedro, aliás, é que foi iniciada a construção do extravasor do Mansur, fazendo fluir, a partir de 1984, mais rapidamente as águas das chuvas, passando a servir o trecho do rio no bairro das Paineiras como um piscinão natural, "guardando" as águas que correriam, pachorramente, a seu tempo.
     Os mais jovens têm memória de "grande enchente" como sendo a de 2002. Ocorrida na véspera do Natal, é lembrada com a "enchente do Perpétuo", quando várias casas caíram umas sobre as outras naquele bairro, matando treze pessoas. Passados vinte anos, as enchentes só voltariam depois que as margens do rio nas Paineiras passaram a ser ocupadas, servindo o extravasor como passagem natural do rio.
     Passaram dez anos e aconteceu agora a nossa última "grande enchente". Acontece em abril, o que é raro mas não inédito, e se dá não por conta de uma tromba d'água ou uma chuva contínua de cerca de uma hora, como das outras vezes, e sim, por causa de pancadas fortes e esparsas, com interregnos de chuva fraca, por um período longo, de quase seis horas.
     Pegou a cidade com um governo provisório, e ainda se recuperando de uma outra chuva, também atípica, ocorrida há mais de um ano. Considerada a maior tragédia natural do país, essa chuva aliás, denominada "tragédia de 12 de janeiro", preserva a memória com os seus vestígios à mostra. As casas destruídas estão como ficaram, os rios assoreados também e as pontes que derrubou não foram reconstruídas, ainda podendo ser vistos seus restos.
     Agora, o problema da vez do teresopolitano é a chuva de abril. É hora então de limpar as casas, contabilizar o prejuízo e botar pra fora o que se tornou imprestável. É hora também de chorar as cinco vidas humanas que se perderam, momento para refazer a vida e se preparar para o que o futuro queira nos reservar.
     Quanto a chuva de janeiro, essa acabou coisa do passado e só não estará completamente ignorada pelas autoridades porque é da tragédia de 2011 que temos o Decreto de Calamidade 3988, ainda em vigor (pasmem!), apesar de passados quinze meses de sua emissão, feita pelo prefeito cassado Jorge Mario, e que permite à prefeitura compras privilegiadas para os materiais necessários à reconstrução da tragédia antiga e, se necessário for, para a recente tragédia de 6 de abril.